3.15.2012

Castelos de Areia

Postado por Lua às 14:55 1 comentários
   Fechar os olhos agora me apavora, tenho medo de saber o que vou encontrar quando voltar a abrí-los, por isso os mantenho bem abertos e com isso eu descobri. Descobri que nosso castelo de areia foi destruído pelas ondas de um mar irritado e que, junto com ele, eu também me fui.
   Eu me perdi nos restos de um castelo de sonhos, onde você já não estava... Onde o que havia dentro foi acabado e o que sobrou foram poucas lembranças e uma pessoa perdida no meio delas, porém o tempo passou.
   O tempo foi-se, levando consigo grãos de areia do que um dia foi um castelo, e com isso eu me achei. Encontrei-me em outro castelo, em outro "você".
   Eu me achei em mim mesma.

Da garota que se encontrou novamente,
Luna.

1.16.2012

Dizendo Adeus às Lembranças

Postado por Lua às 22:43 1 comentários
   Juras, promessas... Tanta coisa que foi dita e nunca cumprida, falsas juras então? Quanto tempo passamos juntos sonhando com um futuro inexistente? Quantas vezes choramos, rimos e simplesmente ficamos em silêncio juntos? Tudo que foi vivido está aqui, na minha mente.
   Algumas dessas memórias são lindas, coloridas e cheias de vida. São memórias de um dia com Sol, um dia brilhante com sorrisos iluminados em cabeças avoadas... Já outras são cinzas, quase negras de tão escuras. São memórias de dias com chuva e trovoadas, onde os relâmpagos são a única coisa que ilumina um pouco o dia, mas não o suficiente para se sentir seguro.
   Cada lembrança com seus sentimentos, com sua cor e seu sabor, cada uma com um fato difícil de ser esquecido e fácil de ser lembrado. E agora? O que fazer com elas? Embalá-las e jogá-las fora? Fingir que nunca aconteceram? Eu não consigo fazer isso, mas ser forte é a única coisa que restou.
   Uma coisa curiosa, é que as coisas sempre terminam assim. A gente aprende sozinho a conhecer as pessoas, a gente aprende sozinho a amá-las, mas nunca aprendemos a dizer adeus. A virar as costas e deixar essas mesmas pessoas, que um dia amamos e convivemos, irem embora. É difícil, dói, machuca. Acho que isso devia ser ensinado na escola, o que fazer com as mémórias e os sentimentos depois que a pessoa se vai? Pra onde vai tudo isso?
   Nunca fui boa em dizer adeus, odeio tanto essa palavra, pois ela já foi me dita tantas vezes... Talvez eu seja egoísta demais para não querer dizer adeus, talvez eu apenas seja mais uma garotinha mimada que quer tudo do próprio jeito, ou talvez... Só talvez, eu não queria que tudo se acabasse.
   O problema é que se eu falar adeus, o que vou fazer com as coisas suas que ficaram marcadas em mim? E se elas não me largarem? E se me assombrarem na calada da noite, junto com todo aquele sentimento? É bobagem talvez, mas eu tenho medo.
    Não irei me livrar das coisas que vivemos e de tudo que senti, deixarei tudo isso guardado dentro de mim para relembrar quando tiver saudade, mas o mais certo agora é dizer aquela pequena palavra que eu tanto odeio, aquela palavra com apenas cinco letras, a palavra que é o meu maior medo: adeus.

Da garota que não irá jamais esquecer, mas teve que dizer adeus,
Luna
 

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