1.16.2012

Dizendo Adeus às Lembranças

Postado por Lua às 22:43
   Juras, promessas... Tanta coisa que foi dita e nunca cumprida, falsas juras então? Quanto tempo passamos juntos sonhando com um futuro inexistente? Quantas vezes choramos, rimos e simplesmente ficamos em silêncio juntos? Tudo que foi vivido está aqui, na minha mente.
   Algumas dessas memórias são lindas, coloridas e cheias de vida. São memórias de um dia com Sol, um dia brilhante com sorrisos iluminados em cabeças avoadas... Já outras são cinzas, quase negras de tão escuras. São memórias de dias com chuva e trovoadas, onde os relâmpagos são a única coisa que ilumina um pouco o dia, mas não o suficiente para se sentir seguro.
   Cada lembrança com seus sentimentos, com sua cor e seu sabor, cada uma com um fato difícil de ser esquecido e fácil de ser lembrado. E agora? O que fazer com elas? Embalá-las e jogá-las fora? Fingir que nunca aconteceram? Eu não consigo fazer isso, mas ser forte é a única coisa que restou.
   Uma coisa curiosa, é que as coisas sempre terminam assim. A gente aprende sozinho a conhecer as pessoas, a gente aprende sozinho a amá-las, mas nunca aprendemos a dizer adeus. A virar as costas e deixar essas mesmas pessoas, que um dia amamos e convivemos, irem embora. É difícil, dói, machuca. Acho que isso devia ser ensinado na escola, o que fazer com as mémórias e os sentimentos depois que a pessoa se vai? Pra onde vai tudo isso?
   Nunca fui boa em dizer adeus, odeio tanto essa palavra, pois ela já foi me dita tantas vezes... Talvez eu seja egoísta demais para não querer dizer adeus, talvez eu apenas seja mais uma garotinha mimada que quer tudo do próprio jeito, ou talvez... Só talvez, eu não queria que tudo se acabasse.
   O problema é que se eu falar adeus, o que vou fazer com as coisas suas que ficaram marcadas em mim? E se elas não me largarem? E se me assombrarem na calada da noite, junto com todo aquele sentimento? É bobagem talvez, mas eu tenho medo.
    Não irei me livrar das coisas que vivemos e de tudo que senti, deixarei tudo isso guardado dentro de mim para relembrar quando tiver saudade, mas o mais certo agora é dizer aquela pequena palavra que eu tanto odeio, aquela palavra com apenas cinco letras, a palavra que é o meu maior medo: adeus.

Da garota que não irá jamais esquecer, mas teve que dizer adeus,
Luna

1 comentários:

Baby on 17 de janeiro de 2012 às 10:41 disse...

ah moça,isso até muito normal,não sei se já havia acontecido contigo,mas sabe,eu meio que fiquei calejada com o tempo por causa desse tipo de coisa...eu não sei bem em qual caso você se encontra,mas sabe,vai passar com o tempo...eu sei o quão difícil é,mas de verdade,só o tempo pode curar isso =/

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